terça-feira, 8 de abril de 2008

Estamos a andar para trás....

No meu, embora profundo, humilde entendimento das relações humanas, tenho tentado encontrar uma justificação para o que hoje se passa, com a nossa humanidade. "De uma forma abstracta, Humanidade também é uma expressão que sintetiza as características partilhadas por todos os humanos, com especial enfase na capacidade do Homem como ser compreensivo e benevolente" in Wikipédia.

-Hoje nos mais diversos locais e ambientes vê-mos esta forma abstrata de humanidade levada ao mais abstrato possível. Estamos a perder a nossa Humanidade, estamos a separar-nos de uma caracteristica fundamentalmente humana, de uma marca que nos torna diferentes mas iguais como diz o nosso amigo "mino". Temos o dever de ser marcantes, temos o dever de falar a sério desta banalidade que é a constante falta de Humanidade, e falta de humanidade onde?

-Em nossas casas por exemplo, na estrada, no trabalho.
A falta de Humanidade é tão evidente hoje em dia que não a precisamos de ver ou sentir, para nos a perceber da falta dela.
Afinal a Humanidade somos todos nós! Porque não indica-la aos outros!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Onde vamos parar!


De acordo com os reguladores e burocratas dos nossos dias, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos; não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes, quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos nem airbags - viajar à frente era um bónus! Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem... comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora, partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos esquecemos de montar os travões, e só aprendíamos depois de entrarmos por um silvado a dentro. Saíamos de manhãzinha e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer, estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso, nada de telemóveis, não tínhamos Play Station, X-Box, 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, computadores, DVD, Chat na Internet, mas tínhamos amigos... se os quiséssemos encontrar bastava ir à rua, jogávamos ao elástico, à barra, à bola, caíamos das arvores, cortávamo-nos e até partíamos ossos, mas sempre sem processos em tribunal. Haviam lutas com punhos mas sem sermos processados, batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados, andávamos a pé, para a escola e para todo o lado, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levasse, criávamos jogos com paus e pedras; se infringíssemos a lei, era impensável os nossos pais nos safarem, pois eles estavam do lado dela, esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre, os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas... Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso, responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo isso... se és um deles... muito provavelmente já estás casado(a), ou és pai (mãe), e os teus filhos pertencem a uma geração de DESPORTEGIDOS E TOTÓS.....